Quantas vezes já escutamos que mulher não é amiga de mulher? Ou que mulher é falsa, invejosa, que a amizade nunca vai ser sincera? Crescemos ouvindo sobre a rivalidade entre mulheres. “A Britney Spears não é amiga da Christina Aguilera.” “A Lady Gaga vai tomar o lugar da Madonna.” “A Bruna Marquezine e a Anitta não podem estar no mesmo ambiente.” O tempo inteiro estamos competindo e reproduzindo esse comportamento.
Falamos das roupas que outras mulheres vestem, do biótipo e até mesmo da moral delas. Se fomos traída, a primeira culpa nunca vai em quem nos traiu, mas sim com quem fomos traída. Afinal, a mulher seduziu meu companheiro e não foi ele que errou, que me traiu. Nutrimos esse “ódio” por outras mulheres sem mesmo conhece-las, pois fomos criadas assim e está enraizado em nós.
Com feminismo tivemos o conhecimento sobre sororidade. Uma palavra que mal usamos e que é até meio estranha, mas que tem um significado gigantesco. Sororidade é sobre união e empatia entre mulheres, é sobre estarmos juntas lutando todos os dias para termos uma sociedade igualitária. É também sobre reconhecer nossos privilégios, saber ouvir e apoiar mulheres que nem sempre tem espaço para falar. É sobre dar visibilidade para lutas que precisam ser discutidas e estar ao lado de quem precise.
Nem sempre será fácil ter empatia com outra mulher, nós também somos humanos e competimos, seja por vagas de emprego, por atenção e até mesmo por relacionamentos. Por isso a sororidade é um exercício diário de se colocar no lugar da outra e entender que ás vezes vamos perder, mas nem por isso devemos ofender outra mulher.
É necessário lembrar que ninguém nasceu desconstruído e que ainda veremos muitas mulheres tendo esse comportamento rival. Mas ao invés de ofender quem está tendo essa atitude, devemos sentar e explicar, mostrar o motivo daquela ação ou palavra ser errada. Todos nós estamos em processo de evolução. E ajudar sua colega também é sororidade.
E você, já passou por uma situação dessas? Deixa aqui nos comentários!
Adorei o texto, muito necessário nos dias de hoje. A rivalidade feminina precisa realmente acabar, e a gente precisa ter um pouco mais de empatia com as manas. Aos poucos a gente chega lá
Girls united!