Angela Davis, considerada uma das maiores vozes do feminismo negro, cresceu em um lugar marcado por lutas raciais e políticas. Nascida em 1944 no estado do Alabama (na época, um dos mais racistas dos EUA), começou a militância cedo, com 14 anos quando se mudou para Nova Iorque para estudar e se afiliou com os Panteras Negras e Black Power.
Na década de 1970, Angela ficou famosa enquanto estudava o caso de três jovens presos acusados de matar um policial, quando, num julgamento um deles, armado, rendeu o tribunal e o juiz como reféns. O acontecimento acabou com a morte dos três réus e o juiz. Ela foi acusada de comprar a arma usada no crime e por isso, ligada as mortes e condenada a prisão, mesmo ela informando que era inocente.
Angela foi tratada como terrorista e cartazes de procurada foram distribuídos. Ela foi condenada em 1971 e ficou presa por 18 meses. Durante todo esse tempo houveram manifestações para sua liberdade. John Lennon e a banda Rolling Stones criaram músicas em tributo a Angela. Em 1972, um júri decidiu que mesmo que comprovado que a compra da arma tivesse sido feito pela réu, ela não teria nada a ver com o crime, por isso deveria ser solta.
Após ser solta, Angela Davis começou a dar aulas de história, mas a militância nunca foi deixada de lado e até hoje ela é vista como uma das ativistas mais importantes para as causas do feminismo negro, contra o racismo e diversas outras pautas políticas importantes para nossa evolução. Tem diversos livros publicados e desenvolve um trabalho intenso sobre o sistema prisional dos EUA.