Oi pessoal, me chamo Marina de Barros e decidi escrever no @diabeticatiporuim sobre diabetes depois de quase 18 anos convivendo com essa condição. Não sou médica, enfermeira, nutricionista e nem educadora em diabetes. Sou apenas uma pessoa comum que convive há anos com o Diabetes Tipo 1 e que encontrou nas palavras uma forma de lidar com essa doença sem cura sem negar o diagnóstico.
O que você vai ler agora é apenas a minha visão e opinião sobre a doença, baseado no que eu já li, vi, aprendi e convivi, lembre-se que você deve PROCURAR UM MÉDICO sempre que desconfiar que algo está errado com o seu corpo. Blogs, revistas e Google NÃO DEVEM SER tomados como verdade para nenhum tratamento ou doença combinado?
Divirta-se com a leitura! Espero poder te ajudar de alguma forma.
O que é Diabetes?
Diabetes é uma doença autoimune que faz com que o nosso corpo seja incapaz de processar a glicose (que é um tipo de açúcar presente na maioria dos alimentos que comemos, inclusive em alimentos salgados. A glicose também é a principal fonte de energia do nosso corpo). A insulina, que é um hormônio produzido pelo nosso pâncreas, é a responsável por transformar a glicose em energia. Pessoas com diabetes (que não produzem insulina naturalmente, ou que produzem muito pouco) não conseguem fazer essa transformação, e se a glicose não for transformada em energia ela se acumula no sangue, causando uma série de problemas, sintomas e mal estar nas pessoas que tem diabetes.
Porque existe Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2? Qual a diferença entre os tipos de diabetes?
Existem vários tipos de diabetes, aqui vou listar alguns por ordem de raridade da doença, ok?
Diabetes Tipo 2:
É o tipo mais comum da doença, cerca de 90% dos diabéticos são do Tipo 2, e acontece normalmente na fase adulta. A pessoa ainda produz insulina, porém em uma quantidade muito pequena. Nesse caso o tratamento pode ser levado apenas com alguns comprimidinhos, dieta e atividade física. Como a pessoa ainda produz insulina, são poucos os casos que esse tipo de paciente faz aplicações de insulina.
Diabetes Tipo 1:
Esse é o segundo tipo mais conhecido e que acontece normalmente na infância e adolescência. A pessoa não produz insulina e por esse motivo é necessário o uso de insulina injetável, por meio subcutâneo, usando seringas, canetas ou bomba de insulina. Junto com as injeções diárias é recomendado que se tenha uma dieta saudável e que se pratique alguma atividade física.
Diabetes Gestacional:
Essa condição é normalmente temporária, durante a gravidez os hormônios da mulher são todos bagunçados para que o bebê possa receber tudo o que ele precisa. A placenta é a maior responsável pela redução da produção da insulina, causando durante a gravidez o diabetes gestacional, que pode acontecer com qualquer mulher. Recomenda-se que a gestante faça um exame de glicemia em jejum a partir do inicio do 6º mês.
Quais são os principais fatores de riscos para se desenvolver o diabetes gestacional?
– Idade materna mais avançada;
– Ganho de peso excessivo durante a gestação;
– Sobrepeso ou obesidade;
– Síndrome dos ovários policísticos;
– História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;
– História familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos);
– História de diabetes gestacional na mãe da gestante;
– Hipertensão arterial na gestação;
– Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).
Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA):
Geralmente é diagnosticado em pessoas com mais de 30 anos e pode apresentar os sintomas de diabetes tipo 2, apesar de ter todas as características do tipo 1, só que de forma mais lenta. Essas pessoas desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células beta do pâncreas lentamente, fazendo com que a produção de insulina caia e seja necessário o uso de insulina injetável.
Diabetes MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young):
Esse raro tipo de diabetes acontece em menos de 1% das pessoas e está relacionado diretamente a um fator genético. O diabetes tipo Mody tem algumas características: aparecer antes dos 25 anos, ter um dos pais com esse tipo de diabetes, ter diabetes na família por pelo menos duas gerações e não precisar usar insulina (bem parecido com o tipo 2). O tipo Mody pode ser classificado como MODY 1 até o MODY 11, sempre relacionado ao gene defeituoso. De longe, o tipo mais comum é o diabetes MODY 3, ou MODY HNF1α, e ele responde por mais de 70% dos casos.
Diabetes Brittle, ou Hiperlábil:
Esse era o tipo de diabetes mais raro e que causa o maior rebuliço entre médicos, pesquisadores e portadores da doença. O diabetes Brittle era caracterizado pela dificuldade de controle das glicemias, a grande variabilidade era a sua principal característica, porém outros fatores como doenças associadas também podem somar ao diagnóstico. No passado as pessoas que não conseguiam controlar os níveis de glicose do sangue se enquadravam nesse tipo de diabetes, porém, atualmente esse diagnóstico caiu por terra e já foi comprovado que ele não existe e não é considerado uma entidade clínica pela comunidade médica (ou seja, ele não é mais considerado um tipo de diabetes, e sim apenas um mau controle da glicemia). Com terapias modernas, como a bomba de insulina, foi comprovado que é possível realizar o controle glicêmico desses pacientes.
Conclusão retirada de um artigo médico, autores, Freddy Goldberg Eliaschewitz e Denise Reis Franco: A condição de diabetes hiperlábil não é uma marca indelével, que representa um subtipo específico de DMT1, mas uma condição clínica quantificável e frequentemente reversível, na medida em que suas causas são identificadas e abordadas com medidas terapêuticas apropriadas.
Muita informação né? A gente sempre acha que diabetes é a mesma e não é. A educação em diabetes e o constante monitoramento dos seus níveis de glicose são fatores essenciais para se ter uma qualidade de vida ótima!
Continue lendo o Blog da Marcyn porque durante todo mês de Novembro vou falar um pouquinho sobre essa doença que atinge 1 em cada 11 pessoas no mundo!
Nos lemos nos próximos posts!
Boas Glicemias, Beijos!
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